domingo, 13 de junho de 2010


O POST A SEGUIR, É APENAS UMA HISTÓRIA QUE ESCREVI E GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS.

Eu realmente me sentia feliz, não tinha dúvida a respeito disso. Quando você é posta contra a parede, o mais sensato a se fazer é isso, tomar a decisão que você julga certa, e essa que tomei é a certa. Estou convencida disso. O Lucas me faz feliz, ele me ama, ele foi o único de muitos que não esqueceu em nenhum momento de quem realmente eu era e quem eu sempre fui. Olho novamente para Lucas e vejo em seu olhar: Ele realmente me ama. Nada pode estragar esse momento.
Enquanto faço um carinho no lado esquerdo da nuca de Lucas, me surpreendo com que vejo pela frente. Aquilo que era pra ser uma viagem tranquila, única e perfeita se transforma em um clarão alto, forte e veloz. A luz que desconheço se aproxima rápido e antes que eu possa sibilar qualquer palavra, qualquer gesto, sinto uma batida estrondosa.
            Tento abrir os olhos, mas parece que até o simples movimento de respirar dói. Desesperada, e sem saber o que fazer apenas tento chamar aquele que importa nesse momento, eu me cuido depois, ele vem acima de tudo. Chamo uma, duas, três vezes, e não ouço mais aquela voz que me acalentava. Mesmo com os olhos semi-abertos vejo que seu rosto há apenas sangue e mais sangue. Seus olhos não me olham mais com o mesmo amor que me olhavam antes, eles estão fechados. Sua mão não me toca como eu sempre gostava, ela está repousada ao meu lado, gélida. Meu corpo inflama por dentro, tentando processar tudo isso que acabara de acontecer. Tento me mexer, mas não consigo... Como a mão dele está próxima de meu rosto, consigo com muito esforço alcançá-la e dar um ultimo beijo. Sussurro, como se estivesse perto de seu ouvido, como eu sempre fazia todas as noites em que ia dormir e via seu corpo todo me abraçando, me amando. Eu te amo!
Bem longe, ouço sirenes altas e que chegam a incomodar meus ouvidos. Luzes fazem com que eu feche meus olhos totalmente. Estou indo com você meu amor, viver ao seu lado, ficar contigo, ter a certeza de que tomei a decisão certa ao escolher você. Porém antes que eu possa me entregar de vez uma mão fria, mas não desconhecida ao toque, agarra a minha e diz com aquela voz, da qual eu também conhecia: Eu vim te salvar.

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